Após 74 dias de paralisação, os professores da rede municipal de Salvador decidiram pelo fim da greve nesta sexta-feira (18), em assembleia realizada no Ginásio de Esportes dos Bancários, no Centro da cidade. O movimento começou no dia 6 de maio, motivado pelo não pagamento do piso nacional da categoria.
A decisão pelo fim da paralisação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB). Durante a assembleia, os professores aceitaram um acordo firmado com a Prefeitura de Salvador.
Na quinta-feira (17), o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou uma multa diária de R$ 30 mil ao presidente da APLB, Rui Oliveira, e bloqueio de bens, como forma de cumprimento das decisões judiciais que ordenaram a suspensão da greve. Segundo o TJ-BA, como as negociações sobre reajuste salarial e demais reivindicações ainda estavam em andamento, não havia justificativa para a continuidade da paralisação.
O tribunal também autorizou a prefeitura a descontar dos salários dos professores os dias não trabalhados durante a greve, conforme previsto em lei.
Para compensar o tempo parado, a Secretaria de Educação de Salvador anunciou que o calendário letivo será estendido até janeiro de 2026. A medida visa repor o conteúdo perdido e garantir a conclusão do ano letivo para os cerca de 131 mil alunos matriculados nas 415 unidades da rede municipal.
FONTE ALO JUCA
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