Justiça revoga prisão de Nanan Premiações, Ramhon Dias e outros investigados em esquema de rifas fraudulentas

 

A Justiça revogou nesta quarta-feira (13) a prisão preventiva do rifeiro Nanan Premiações, da esposa dele, Gaby Rifas, do influenciador digital Ramhon Dias e de outras 24 pessoas investigadas na Operação Falsas Promessas, que apura a suposta promoção de rifas fraudulentas pelas redes sociais.

A decisão foi assinada pelo juiz Waldir Viana Ribeiro Júnior, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador. Na sentença, o magistrado justificou a soltura pelo excesso de prazo das prisões preventivas, ressaltando a necessidade de equilibrar o andamento do processo com os direitos dos acusados, alguns detidos desde setembro de 2024.

Operação Falsas Promessas

A ação, coordenada pela Polícia Civil da Bahia, desarticulou uma organização criminosa que manipulava rifas com prêmios de alto valor, como carros e motos, direcionando os resultados a membros do grupo. Durante a operação, foram cumpridas 24 prisões e apreendidos veículos de luxo, armas de fogo, dinheiro em espécie, notebooks e outros bens.

O grupo atuava em diversas cidades da Bahia, como Salvador, Juazeiro, Vera Cruz, São Felipe e Nazaré, além de São Paulo. Para ocultar a origem dos valores arrecadados, utilizava empresas de fachada e “laranjas”.

Influenciadores, rifeiros e policiais entre os presos

Entre os detidos estavam:

• Ramhon Dias, influenciador digital, preso em São Paulo;

• Franklin de Jesus Reis, humorista conhecido como “Neneka”;

• José Roberto Nascimento dos Santos, o Nanan Premiações, e sua esposa;

• Cinco policiais militares, incluindo o soldado Alexandre Tchaca, que já estava sob investigação pela Corregedoria da PM.

Apreensões e bloqueio de bens

A operação resultou na apreensão de 27 veículos — incluindo Hilux, Jeep Renegade, Mercedes C200, Mercedes AMG e Range Rover —, cinco armas de fogo, R$ 14 mil em espécie, relógios de luxo, celulares, munições e notebooks. A Justiça autorizou o bloqueio de até R$ 10 milhões por CPF ou CNPJ, totalizando R$ 680 milhões em bens ligados à organização.

FONTE ALO JUCA